sábado, julho 26, 2008

escrito vadio

e os nós dos atilhos arrefecidos
tornam-se bravos abraços de amor esquecido
as argolas das correntes aprisionadas
regorgitam sons de metal envelhecido
as areias erguem-se em cortinados incandescentes
nas varandas dos planetas em concubinato
com os reis ignorados das maresias
e os peitos dos amados amantes soam a ecos de nostalgias
em cada salto das membranas ensanguentadas

correm

...correm as nubladas ilusões
correm como cavalos sobre os mares
crinas negras
elásticas

correm até os desconhecidos horizontes
da eternidade

fernanda f.

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